Poderia morrer já
agora
tão cedo
Num breve instante.
Morrer de uma espécie de tédio,
de um género de amor,
de um tipo de felicidade.
Morrer por metade,
partir por inteiro.
Estender os braços por momentos
e abraçar este vento tão subtil,
tão intacto
que nos sopra as velas e nos desprende do cais.
E que bom seria nós,
livres de amarras
Correndo nus pelos mais belos campos de ortigas,
tão rudes e densos
que nos arrancam as pétalas
e nos desfloram,
num gesto de Outono
com tons de Primavera.
Que bom seria morrermos assim,
despidos de coisas
tão cheios do que é belo.
Se te amo meu amor...
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