quarta-feira, 31 de agosto de 2011

Velhos




Restos de vidas 
Permanecem sentados
nas mesmas escadas
Os corpos estão agora quase imóveis
porém as suas mentes viajam através dos anos.

Passou tanto tempo
 e o sol nunca deixou de brilhar,
A luz é menos intensa 
mas nunca se apagou
ainda não se apagou.

Existem segredos só seus
Coisas ditas que mais ninguém ouviu
coisas vividas
sentidas
E isso ninguém lhes pode tirar.

E ali permanecem
nas escadas
que em tempos fez deles o que já não são hoje.

Calados
Gelados
Cansados
Mas vivos

E um Homem só morre quando o coração pára de bater.

2 comentários:

  1. Adorei...
    Adoro. Senti uma certa empatia com os corpos das escadas.
    Incrível, tu com umas palavras simples do dia-a-dia, fizeste um texto tal que descreve quase a vida dos corpos e os seus momentos finais, que ficou no ar o que lhes acontecerá a seguir. Também eu quero saber.

    Beijocas,
    Fernando Alberto

    Ps: Desta vez não me tiras-te o apetite. =]

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  2. Obrigada Fernandinho :) ainda bem que gostaste e que tiveste essa sensação.Gosto de finais abertos, para que ada um possa tirar as suas próprias conclusões. Este é bem mais soft que o outro de tirar apetites :D

    Beijinho,
    Íris Santos

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